quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus - 2005

“Bendito o que semeia livros...
Livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n’alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar”.
Poema “Espumas Flutuantes”
Castro Alves



Agradecimentos
A cada um dos poetas que participam dessa primeira antologia.

Salvador, janeiro de 2006






Prefácio
Este livro nasceu da necessidade do escritor e poeta baiano, Valdeck Almeida de Jesus, que já possui outros livros publicados, mas que sabe, como ninguém, da dificuldade de um autor novo furar o bloqueio para divulgar seus trabalhos.

Experiente em enviar projetos de livros para grandes, médias e pequenas editoras, experiente em ler cartas muito bem escritas, que ao final frizam “infelizmente sua obra não se encaixa na nossa linha editorial” ou “sentimos informar que nossa cota para autores novos acabou de se esgotar” ou, ainda “volte a nos contactar em seis meses”.

A ladainha é sempre a mesma, de que poesia não vende, que isso, que aquilo. Na verdade, na verdade, a grande indústria do livro quer mesmo é fingir que incentiva a cultura e a literatura, mas no fundo só busca uma coisa: o lucro, que autores desconhecidos quase não irão lhes proporcionar. Então, ficamos, todos, relegados à periferia da literatura, como indigentes, mendigando espaços em jornais de bairro, panfletando em portas de escolas... Assim, jamais conseguiremos ser conhecidos, não alcançaremos a mídia, o gosto popular.

Atento a toda essa luta, a tantas outras lutas mais cruéis e às barreiras quase intransponíveis que se formam com os paredões dos donos da mídia e da cultura brasileira, tento, publicando essa antologia, jogar no mar tenebroso os novos autores aqui selecionados.

Quisera eu poder fazer um livro mais robusto, mais rebuscado, mais repleto de novas criações e criaturas. Infelizmente esbarro nos mesmos problemas que muitos escritores se deparam: o limite financeiro. De qualquer forma, é uma iniciativa que tentarei levar adiante, sempre trazendo sangue novo para circular nas veias desse Brasil.

Valdeck Almeida de Jesus

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