quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus - 2005 - Textos Edmar José Mascarenhas da Silva

“Será que duas pessoas não podem se amar?”

Pois é. Também me faço essa mesma pergunta e o mais engraçado é que sei essa resposta. Podem sim. Pois venci meu medo e preconceito e vice-verso.
Era noite do dia 07 de junho quando um velho sentimento foi acordado, um sentimento que já não existia. Não sei se por medo, vergonha, preconceito, ou timidez.
Hoje já é noite do dia 11 de junho, véspera do Dia dos Namorados. De lá para cá, só se passaram cinco dias, mas para mim parece que são cinco anos, e que aquele sentimento nunca adormeceu um dia. E se ele – o sentimento – adormeceu de verdade, acordou como naqueles dias em que levantamos dispostos a enfrentar o dia (um dia cheio de desafios) e estamos tão dispostos que o dia se torna pequeno. É, mas pequeno mesmo é o dia, pois o sentimento que foi despertado não é pequeno. É tão grande quanto os oceanos Atlântico, Índico e Pacífico multiplicados por dez e elevados a décima potência. É isso mesmo. E acho que é recíproco e é isso que me encoraja e me dá tanta força. Se algum dia você tiver essa sensação, aproveite, pois pode ser uma das únicas vezes que você se sentirá gente, porque a vida é longa, mas passa muito depressa. E aí então você se fará essa mesma pergunta: “Será que é possível o amor existir, nascer, surgir ou acordar depois de ter tomado um sonífero daqueles da tarja preta?”. E se responder sim, descobrira: eu estou te amando.
11 de junho de 2005
De Tico para Tico


Ninguém é de ninguém
Alguém é de alguém
E assim, cada qual com o seu cada qual,
Formando pares e casais
De diferentes e de iguais
Segue seu rumo, sem rumo certo
Incerto, caminho aberto
E aberto a uma nova emoção
Para curar ou ferir o coração
Vivendo... ...e aprendendo...
Que o importante é se doar
E que, para ser amado,
“É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...”
19 de junho de 2005
De Tico para Tico


Edmar José Mascarenhas da Silva, natural de Mairi/BA, adotou as cidades de Várzea da Roça e São José do Jacuípe como berço para viver a infância e juventude. Reside atualmente em Salvador, onde exerce a profissão de cabeleireiro. Escreve desde criança, já participou de outras antologias.

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