Retrato reverso
Inverdade perfeita
Ilusão sugestiva
Insanidade adquirida
Docilidade majestosa
Incivilidade aflorada
Desordem de pensamento
Desamor
Doação sem restrição
Viver sem sentido
Sucumbirá a dor
Perdoar o imperdoável
Matar
Morrer.
ASAS DO VENTO
Asas ao vento
Plaina no ar
Incógnita ao longe
Trafega nos céus
És condor, quem sabem andorinha
A que lugar se aninha
Nos Alpes telhados da catedral
Num bater de asas
Corta as nuvens do céu
Relâmpago incitante
Dominadores do ar
BAHIA
Bahia terra sublime
Berço da nossa geração
Étnica na sua pluralidade
Seus templos, suas igrejas
Seus terreiros de candomblé
Suas religiões
Bahia de todos os santos
Todos os gêneros
Todas as raças
Todos os encantos
Terra do axé
Português é sua voz
Nagô óxido grito
Dos descendentes
Da nação zumbi
O toque dos atabaques
Clama o seu canto
O canto dos afoxés
ÁGUA DE CHUVA
Água que cai da bica
Chuá, chuá, chuá
E bate no chão sem parar
Eu gosto de ouvir o seu som
Quando estou na cama a deitar
Parece canção de ninar
Nesta noite sei que terei
Belos sonhos debaixo do
Lençol a me esquentar
E ao amanhecer sei que
Verei um belo sol a despertar
Cai chuva, cai sem parar
Nem que seja até dormir
Faz os meus sonhos embalar
Edson da Silva é soteropolitano, mas aos cinco anos vai morar no interior da Bahia, Itabuna onde morou até os 14 anos. Voltando para sua cidade natal começa fazer os seus primeiros versos sem compromisso. Só aos trinta e cinco anos resolve seguir a sua vocação com toda experiência dos seus trabalhos sociais como Agente de Saúde e Agente Comunitário de Saúde aliando-se a outras entidades como o CEPA, entidade presidida pelo Professor Germando Machado. E agora com o Movimento Poeta na Praça, juntamente com o poeta Pedro Cézar vive a experiência de lançar o seu primeiro livro.
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