quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus - 2006 - Texto Tereza Neumann Ferreira de Assis

Adversidade à diversidade

Mundo de discriminações injustas e radicais,
contra negros, feios, pobres e homossexuais,
eles chamam de minoria, só por serem desiguais.
Como pode essa gente, de uma mente doentia e incoerente, achar que essas pessoas, nasceram por sua vontade, diferentes? ser assim é por direito, não podem mudar o que já está feito.
É tão fácil discriminar, díficil é pra quem passa a dor do preconceito.
Deus fez esse mundo, com tantas diferenças...
homens e mulheres, brancos e pretos, feios e bonitos, heteros e homos, pobres e ricos, é essa diversidade, que torna o mundo mais bonito.
Imaginem, se as diferenças, fossem tratadas com igualdade, de certo que teríamos, paz na humanidade.



Maldita dura Arrogância

O homem desferiu-me um golpe com o olhar, um olhar como se fosse um choque elétrico, mediu-me de cima a baixo, franziu o cenho, porque eu estava maltrapilha, só faltou jogar-me aos cães, sua matilha.
Pus-me a desnudar minhas vestes pestilentas, eu, em estado físico perfeito, olhei o sórdido homem, vestido num sobretudo, portando um medalhão de ouro.
Imaginei ele desnudo, epidermicamente murcho, exibindo tanto luxo...
a ironia e o orgulho, acaba pra todo mundo, que faz fezes como eu. Que valia tinha o homem?arrogante, pobre homem... bebe todo dia, o drink da soberba, enquanto tiver amigos, brinde com eles o orgulho e beba do seu castigo... meu olhar em flashes de ternura, derrubou o vil semblante.
De mente doente, de ouro semente, achava-se o dono do mundo... de sordidez malfadada, de altivez derrubada, só fezes pra enterrar aquele homem... o luxo comido, pelos vermes do lixo, nem luta por luto, pelos amigos!



Felicidade, essa desconhecida...

Tarde,todas as matizes de cor, meu dia colore, a alegria faz festa dentro de mim, circos com palhaços metafóricos, discos com acordes de sonata, dia singelo e bonito, íntimo ser que contagia.
Abro os braços pra liberdade, naquela praça em cores, coretos e bandas liláses, orquestram sons de rouxinóis... grito pra todos, sorriam! abracem os raios do sol.
Deitem na relva, assobiem qualquer melodia, recitem uma poesia, pra saudar o girassol.
Não quebrem o encanto do dia, a felicidade, vem de tempos em tempos, este momento quero guardar... subo no mais alto edíficio, abro meus braços e grito, hoje, a felicidade,veio me procurar!


Épocalipse

Pressinto com o professor jucelino, premonitor dos nossos destinos, seus sonhos reais, mostram-lhe nosso futuro fatídico, sonhos que querem nos acordar... nestes destinos, precisamos ter tinos, se quisermos um feliz despertar.
Acabar nossos desatinos, ouvir o nosso divino, reflorestar nossas florestas, despoluir as nossas águas infectas, refazer o que já foi desfeito, fiscalizar nossos horizontes, antes que o fiscal nos aponte o mal.
Cercear depredações, acabar as ambições, senão viramos prisioneiros, da fúria dos furacões.
Ah, professor, os céticos não querem enxergar, que fazermos pra que acreditem, antes do planeta acabar? as paineiras assustaram-se, os pássaros ficaram tristes, o mar bate suas águas,
indomável ele insiste, o sol tornou-se brasa, queima o nosso arrebol, suores escoam na testa, ninguém impede o furor, políticos falam asneiras, só sei que nesse terceiro milênio, o terço será nossa bandeira!

Tereza Neumann Ferreira de Assis, nasceu em 1954, município de Inhambupe/Ba, filha de Francisco Guedes de assis Junior e Rosália Ferreira de Assis, formada em Magistério, tendo trabalhado 27 anos na COELBA e aposentado-se nessa Empresa no ano 2002. Lançou alguns textos na Antologia de Escritores Brasileiros-3ª Edição próxima do lançtoº da Antologia Escritores Brasileiros 4ª Edição e escreve no site www.recantodasletras.com.br.

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