quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus - 2005 - Textos Euclides da Luz

O poeta

O poeta não é louco,
Mas para muitos
Falta pouco.

O poeta é sensível,
Mas para muitos
Invisível.

O poeta não escraviza,
Mas para muitos,
Ridiculariza.

O poeta é elegante,
Mas para muitos,
Extravagante.

O poeta conta a história,
Mas para muitos,
Só quer a glória.

Enquanto muitos
Fecham a mão,
O poeta abre o coração;

Porque o poeta
Não traça reta,
E alcança a meta,
Pois é poeta.



O reflexo do complexo

O reflexo do complexo
É algo inevitável e sem nexo
Olhando assim fico perplexo,
Mas deixo tudo em anexo.

Se é completa a maldade,
As vezes sim por vaidade
Não tem cor, nem tem idade
E sempre perde pra verdade.

Nestas linhas um poema
Que para rimar escrevo, pena
De longe uma mão acena,
É o meu reflexo, a minha pequena.


Deixa eu te seduzir

Deixa eu te seduzir;
Acariciar teus cabelos
Com leve toque em teus pêlos
Fazer teu prazer, explodir.

Deixa eu te seduzir;
Com beijos na pele
Que em momento algum te fere
Mas faz arrepiar, e sorrir.

Deixa eu te seduzir;
Com olhar o teu olhar,
Suas entranhas, desejar
Me envolver, te sentir.

Por fim...

Deixa eu te seduzir;
Buscar no teu corpo conforto
Depois de beijos na boca, meio morto
Me excito, e insisto, ao orgasmo te conduzir;

Por isso...
Deixa eu te seduzir.



Respeito

Respeito é um sentimento
Que nem todo mundo tem
Mas sabe-se com certeza
Respeitar faz muito bem.

Quando aflora
Da minh’alma
O valor que é meu, é seu
Não importa a idade
Se o respeito não morreu.

E com muita honestidade
Digo agora pra quem quiser
Que mulher respeita homem,
E homem respeita mulher.

E nessa reciprocidade
Nasce em mim um novo conceito
Quem quiser ser feliz de fato
Tem que dar e ter respeito.



Povo brasileiro

Povo brasileiro
Povo humilde
Igual a ele
Muitos outros
Povos tem;
Bem sei não os conheço
Mas que Deus
Os abençoe também.
Seja na arte ou no esporte
Este povo é
Bem mais forte.
A cultura do país
Deixa o povo bem feliz,
Sua insatisfação:
A política da ilusão.
Nesta muito se planeja,
E pouco se executa.
Não fala o que o povo quer,
O povo diz: basta
E ninguém escuta.
O maior prazer
Desta gente “nobre”
É ficar mais rico,
E matar o pobre.
Desculpe, matar,
Não apenas tiram
A sua razão
Razão de viver, e de existir
Razão de querer ser
Um pouco feliz.
Uns poucos choram, outros fazem males
Uns acreditam mesmo
Sem dinheiro,
Esta é a história do povo brasileiro.


EUCLIDES DA LUZ é natural de Salvador e escreve poemas desde criança. Essa é sua primeira oportunidade de publicar trabalhos de sua autoria.

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